Desculpas...mais do que uma mera palavra...

Boas,

Desculpa, palavra tão simples de articular e pronunciar, desculpas, vivemos constatemente num mundo de desculpas, fixados apenas nas adversidades da nossa vida, sem nos preocupar-mos minimamente com os outros, somos prisioneiros do nosso próprio egoísmo.

Não seria mais melhor abandonar as desculpas? Olhar um pouco para o outro e perceber quais os seus tumores...mas não, o mundo é tirano e a realidade é cruel...não há tempo para nos preocupar-mos com o outro. Infelizmente, no raio de planeta onde vivemos, o outro é apenas isso, o outro.

Não detemos por ele a mais leve compaixão, existe apenas um índividuo à face da terra com quem nos preocupamos, nós próprios! É triste ver um mendigo na rua, é então que entram as desculpas de forma a aliviar a nossa consciência pesada típica de um errante.

Ah e tal! Se eu tivesse dinheiro ajudava-o...se eu não estivesse atrasado para o emprego ia ali ter com ele e dava-lhe qualquer coisa...desculpas...desculpas, eternas e esfarrapadas desculpas!

Custa assim tanto ajudar o outro? É algo assim tão estranho ou incomum? Parece que sim...eu nem estou a falar de dinheiro, amigos! Estou apenas a falar de sentimentos e de gestos como: a compaixão, o carinho, a piedade e a entre-ajuda!

Por vezes basta um sorriso, um gesto simpático, um olhar benovolente, para ajudar um índividuo...por vezes basta parar, olhar, pensar, repensar e agir, não sei como funciona o vosso cérebro, mas o meu processa estas informações de forma relativamente rápida.

Custas muito ter um gesto de altruísmo para com o outro? Não, nada, apenas uns meros segundos, tendo em conta que desperdiçamos o tempo precioso da nossa vida com coisas sórdibas, porque não perder um pouco de tempo a ajudar o outro?

Que eu saiba, neste raio de país, ainda não se pagam impostos por um mero gesto de compaixão. Para quê tanta desculpa? Vamos ajudar o próximo, podemos estar cada vez mais pobres e tudo à nossa volta pode estar a desabar, mas pelo menos, no meio de tanta infelicidade, poderemos dizer: Eu fui um bom ser-humano! Eu ajudei duas pessoas a serem um pouco mais felizes hoje! Sim dois individuos! Aquele que auxiliei e a mim próprio, porque senti que era útil, senti que era mais do que um idiota a quem o chefe ralha constantemente.

Convecidos a ajudar o próximo ou não?

Fiquem bem